Em 18 de setembro de 1922, a junta provisória de governo comunicou ao ouvidor ter recebido denúncia de que João Marques de Matos “entretém correspondência com o execrável Sandoval de Laxª, e que tem espalhado ideias perturbadoras, inconstitucionais e tendentes a dividir esta Província da Mãe Pátria”. A junta diz que pediu ao governador das armas para prendê-lo e colocá-lo incomunicável na fortaleza do castelo. Informa ainda que as testemunhas são Manoel Luis de Paiva e Antônio José da Silva Moreira, negociante em Belém.
Matos é preso na fortaleza do Castelo, enquanto Batista Campos, Miguel Cerqueira, Amândio Oliveira, João Anastácio e Pedro Henriques ficam na fortaleza da Barra.
O ouvidor pedira para ser dispensado da diligência sobre os presos da fortaleza da Barra, mas a junta lhe respondeu, em 22 de agosto de 1822, que “não admite nem admitir pode que V. Mce. seja dispensado da referida diligência; antes pelo contrário espera que V. Mce., na conformidade das ordens que se lhe enviaram, prossiga com toda a eficiência e assiduidade na mesma diligência (…)”.
(Códice 629 – Arquivo Público do Pará)